A pioneira COLÔNIA NOVA ITÁLIA de Paulo Vendelino Kons Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil (ADANPIB)

16 Maggio 2025 Centro Studi Grandi Migrazioni Comments Off

Con 388 italiani a bordo, la nave «La Sofia», partita da Genova, arrivò il 21 febbraio 1874 al porto di Vitória, nello stato di Espírito

A pioneira COLÔNIA NOVA ITÁLIA foi fundada NO 1836 no alto vale do Rio “Tijucas-Grande”, no atual município de São João Batista, por italianos, majoritariamente provenientes da região da Ligúria.

Cidade portuária, a capital da região de Ligúria, Gênova, foi fundada há mais de 2.500 anos e disputa com a francesa Marselha o título de porto mais importante do Mediterrâneo. É importante centro de indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de cimento, de papel, refinarias de petróleo, madeireiras, têxteis e estaleiros.

Os 186 pioneiros imigrantes italianos que viriam colonizar e desenvolver terras brasileiras, aportaram em março de 1836, no Porto de Nossa Senhora do Desterro, na baía norte da Ilha de Santa Catarina, transportados pelo navio Correio. E 132 destes imigrantes católicos, sob o patrocínio de São José, fundaram a Colônia Nova Itália, a pioneira da imigração italiana no Brasil, que ao longo de décadas recebeu também outras levas de imigrantes italianos. 

A Colônia pioneira de italianos no Brasil, fundada em 1836, foi uma iniciativa do armador Carlo DeMaria (com raízes em Gênova) juntamente com o agente consular do Reino da Sardenha em Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), Henrique Ambauer Schutel, natural de Milão, que para tal fim constituiram, em Nossa Senhora do Desterro, a empresa DeMaria & Schutel.

Para instalar uma “colônia agrícola, industrial e pastoril” a empresa DeMaria & Schutel requereu e recebeu da Província de Santa Catarina, inicialmente, a concessão de quatrocentas mil braças quadradas e, também ano de 1836, outra concessão de duas léguas quadradas, totalizando 7.393,6 hectares, no território da Freguesia e Município de São Miguel da Terra Firme.

Para administrar a pioneira colônia de italianos no Brasil, DeMaria e Schutel contratam, para o cargo de Diretor da Colônia Nova Itália, o franco-suíço Luc Montandon Boiteux (Neuchâtel, Suíça, 1798 – Nossa Senhora do Desterro/SC, 29 de março de 1842), que se estabelece na Colônia Nova Itália com sua esposa Marie Magdaleine Anastasie Bouquet Boiteux, um filho e quatro escravos.

Primeiro Diretor da Colônia Nova Itália, Luc Boiteux estudou em uma Universidade alemã, foi secretário particular do Grão Duque da Toscana e, após a morte do Grão Duque Fernando III, em 1824, assumiu elevada função em um banco na cidade portuária de Gênova, de onde partiu o navio Correio, que conduziu os pioneiros imigrantes italianos ao Brasil, há mais de 189 anos.

A segunda colônia de italianos no Brasil foi a Colônia Alexandra, em Morretes/PR, fundada em 1872, sob a liderança do imigrante italiano Salvino Tripotti, trazendo consigo mais de 50 emigrantes saídos do Vêneto, no Reino da Itália.

 

LA GRANDE EMIGRAZIONE ITALIANA A SANTA CATARINA

A partir de 1875, teve início a imigração italiana em massa para Santa Catarina, resultado da aplicação do decreto imperial nº 5.663, de 17 de junho de 1874, que autorizou a celebração de um contrato com Joaquim Caetano Pinto Júnior, em 1874, para introduzir no Brasil cem mil imigrantes, em um prazo de dez anos.

Nas colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro, que formavam a freguesia (paróquia) São Luiz Gonzaga, nos vales dos rios Itajaí-Mirim e Tijucas, que viria a formar o município de São Luiz Gonzaga em 1881 (Brusque, a partir de 17 de janeiro de 1890), deu-se o início da grande imigração italiana no estado, com a chegada da primeira leva de imigrantes em 4 de junho de 1875. Eram 108 colonos, entre trentinos, vênetos e lombardos. 

As colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro receberam cerca de 11 mil italianos originários do então Reino da Itália (vênetos e lombardos, principalmente). 

Mas na sua maioria os imigrantes eram originários do Tirol italiano, região ao sul do Império Austro-Húngaro. Esses imigrantes, conhecidos como tiroleses (tirolesi), que chegaram ao Brasil com passaporte austríaco, eram de língua italiana. A região da qual eles partiram foi anexada pela Itália após a primeira guerra mundial, mudando a denominação para Província de Trento. Atualmente, é comum se referir a essa imigração como “trentina”. No período da grande imigração, o território de Trento era conhecido como Tirolo Italiano (em alemão Welschtirol ou Welsch-Südtirol), sendo o idioma predominante o italiano, embora estivesse unido à Áustria desde 1363.

Nova Trento, Botuverá e Guabiruba integravam o território das então colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro.

NOTA: A Colônia Itajahy foi instalada em 4 de agosto de 1860 pelo barão austríaco Maximilian von Schneéburg, liderando 55 imigrantes do sul da atual Alemanha. Tinha como território a margem esquerda de Brusque, Guabiruba e parte de Gaspar (Barracão), com sede no entorno da hoje Praça Barão de Schneéburg. 

Já a Colônia Príncipe Dom Pedro foi instalada pelo Dr. Barzillai Cottle na confluência do ribeirão Águas Claras com o rio Itajaí-MIrim, liderando 98 imigrantes de língua inglesa, vindos, em sua maioria, dos Estados Unidos, com o território dos atuais municípios de Botuverá, Vidal Ramos, Nova Trento (atingindo até a localidade do Krecker, em São João Batista) e margem direita de Brusque.

As colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro foram administrativamente unificadas em 6 de dezembro de 1869.

Com o território da Colônia Itajahy e Príncipe Dom Pedro é formada a Freguesia (paróquia) São Luiz Gonzaga, através da Lei Provincial nº. 693, de 31 de julho de 1973, e criado o Município e a Vila de São Luiz Gonzaga, pela Lei Provincial nº. 820, de 23 março de 1881, sendo a denominação alterada para Município e Vila de Brusque (Decreto n.º 77, de 17 de janeiro de 1890). Brusque foi elevada a categoria de cidade em 23 de setembro de 1916, marcando o dia dos 30 anos de falecimento do Conselheiro Imperial Dr. Francisco Carlos de Araújo Brusque. Após o fim do período colonial, Nova Trento (que na lei de criação do município de São Luiz Gonzaga integrava seu território) passou a

fazer parte do município de Tijucas. Foi a comunidade neotrentina emancipada política e administrativamente em 8 de agosto de 1892.  

 

La pionieristica COLÔNIA NOVA ITÁLIA

di Paulo Vendelino Kons

 

La pionieristica COLÔNIA NOVA ITÁLIA fu fondata NEL 1836 nell’alta valle del fiume “Tijucas-Grande”, nell’attuale comune di São João Batista, da italiani, per lo più provenienti dalla regione Liguria.

Genova, città portuale e capoluogo della regione Liguria, è stata fondata più di 2.500 anni fa e contende con la francese Marsiglia il titolo di porto più importante del Mediterraneo.  È un importante centro di industrie metallurgiche, siderurgiche, chimiche, di cemento, di carta, raffinerie di petrolio, depositi di legname, tessili e cantieri navali.

I 186 pionieri emigrati italiani che sarebbero giunti per colonizzare e sviluppare le terre brasiliane, approdarono nel marzo del 1836 al porto di Nossa Senhora do Desterro, nella baia settentrionale dell’isola di Santa Catarina, trasportati dalla nave Correio. E 132 di questi emigrati cattolici, sotto il patrocinio di San Giuseppe, fondarono la Colônia Nova Itália, pioniera dell’emigrazione italiana in Brasile, che nel corso dei decenni accolse anche altre ondate di emigrati italiani.

La colonia pioniera degli italiani in Brasile, fondata nel 1836, fu un’iniziativa dell’armatore Carlo DeMaria (di origine genovese) insieme all’agente consolare del Regno di Sardegna a Nossa Senhora do Desterro (oggi Florianópolis), Henrique Ambauer Schutel, originario di Milano, che a questo scopo fondò, a Nossa Senhora do Desterro, la società DeMaria & Schutel.

Per installare una “colonia agricola, industriale e pastorale”, la società DeMaria & Schutel sollecitò e ottenne dalla Provincia di Santa Catarina, inizialmente, la concessione di quattrocentomila braccia quadrate e, sempre nel 1836, un’altra concessione di due leghe quadrate, per un totale di 7.393,6 ettari, nel territorio della Parrocchia e Municipio di São Miguel da Terra Firme.

Per gestire la pionieristica colonia degli italiani in Brasile, DeMaria e Schutel assumono, per la carica di Direttore della Colonia Nova Itália il franco-svizzero Luc Montandon Boiteux (Neuchâtel, Svizzera, 1798 – Nossa Senhora do Desterro/SC, 29 marzo 1842), che si stabilisce nella Colonia Nuova Italia con la moglie Marie Magdaleine Anastasie Bouquet Boiteux, un figlio e quattro schiavi.

Primo direttore della Colonia Nuova Italia, Luc Boiteux studiò in un’Università tedesca, fu segretario particolare del Granduca di Toscana e, dopo la morte del Granduca Ferdinando III nel 1824, assunse un incarico elevato in una banca nella città portuale di Genova, da dove più di 189 anni fa partì la nave Correio, che portò i pionieri emigrati italiani in Brasile.

La seconda colonia di italiani in Brasile fu la Colônia Alexandra, a Morretes/PR, fondata nel 1872 sotto la guida dell’emigrato italiano Salvino Tripotti, portando con sé oltre 50 emigranti dal Veneto, nel Regno d’Italia.

 

LA GRANDE EMIGRAZIONE ITALIANA A SANTA CATARINA

A partire dal 1875 ebbe inizio l’emigrazione italiana in massa verso Santa Catarina, risultato dell’applicazione del decreto imperiale n. 5.663, del 17 giugno 1874, che autorizzò la firma di un contratto con Joaquim Caetano Pinto Júnior, nel 1874, per introdurre centomila emigrati in Brasile, in un periodo di/entro dieci anni.

Nelle colonie di Itajahy e Príncipe Dom Pedro, che formavano la frazione (parrocchia) di São Luiz Gonzaga, nelle valli dei fiumi Itajaí-Mirim e Tijucas, che avrebbero poi formato il comune di San Luigi Gonzaga nel 1881 (Brusque, dal 17 gennaio 1890), ebbe inizio la grande emigrazione italiana nello Stato, con l’arrivo della prima ondata di emigrati il ​​4 giugno 1875. Erano 108 coloni, tra trentini, veneti e lombardi.

Le colonie di Itajahy e Príncipe Dom Pedro accolsero circa 11 mila italiani provenienti dall’allora Regno d’Italia (principalmente veneti e lombardi).

Ma la maggior parte degli emigrati proveniva dal Tirolo italiano, una regione a sud dell’Impero Austro-Ungarico. Questi emigrati, conosciuti come tirolesi, che arrivarono in Brasile con passaporto austriaco, erano di lingua italiana. La regione da cui partirono fu annessa all’Italia dopo la prima guerra mondiale, cambiando il suo nome in Provincia di Trento. Oggigiorno è consuetudine riferirsi a questa emigrazione con il termine “trentina”. Durante il periodo della grande emigrazione, il territorio di Trento era noto come Tirolo Italiano (in tedesco Welschtirol o Welsch-Südtirol), essendo la lingua predominante l’italiano, nonostante fosse unito all’Austria dal 1363. 

Nova Trento, Botuverá e Guabiruba facevano parte del territorio delle allora colonie di Itajahy e Príncipe Dom Pedro.

NOTA: La colonia Itajahy fu fondata il 4 agosto 1860 dal barone austriaco Maximilian von Schneéburg, alla guida di 55 emigrati provenienti dal sud dell’attuale Germania. Il suo territorio era la riva sinistra del Brusque, Guabiruba e parte del Gaspar (Barracão), con sede attorno all’attuale Praça Barão de Schneéburg.

La Colonia Príncipe Dom Pedro fu fondata dal dottor Barzillai Cottle alla confluenza del ruscello Águas Claras con il fiume Itajaí-MIrim, alla guida di 98 emigrati di lingua inglese, la maggior parte dei quali provenivano dagli Stati Uniti, con il territorio degli attuali comuni di Botuverá, Vidal Ramos, Nova Trento (arrivando fino alla zona di Krecker, a São João Batista) e la riva destra del Brusque.

Le colonie di Itajahy e Príncipe Dom Pedro furono unificate amministrativamente il 6 dicembre 1869.

Con il territorio della Colonia Itajahy e Príncipe Dom Pedro, venne costituita la Parrocchia di São Luiz Gonzaga, con la Legge Provinciale n. 693 del 31 luglio 1973, e vennero creati il ​​Municipio e la Città di São Luiz Gonzaga, con la Legge Provinciale n. 820, del 23 marzo 1881, con cambio di nome in Municipio e Città di Brusque (Decreto n. 77, del 17 gennaio 1890). Brusque ottenne lo status di città il 23 settembre 1916, in occasione del 30° anniversario della morte del consigliere imperiale dottor Francisco Carlos de Araújo Brusque. Dopo la fine del periodo coloniale, Nova Trento (che faceva parte del suo territorio nella legge che istituiva il comune di São Luiz Gonzaga) divenne parte del comune di Tijucas. La comunità neotrentina venne emancipata politicamente e amministrativamente l’8 agosto 1892.